O desejo sexual é uma das mais fortes necessidades humanas. A libido é o nome que se dá ao desejo sexual, que faz parte do instinto do ser humano, mas que pode ser influenciado por questões físicas ou emocionais.
Na verdade, presentemente, a falta de desejo sexual é uma grande e silenciosa calamidade de que sofre a nossa sociedade. Para a maioria das mulheres os factores emocionais têm maior peso que os biológicos. Para que elas comecem a curar esta esfera comum da falta de libido, têm de entender as circunstâncias que condicionam o fluir do desejo.
Segundo os sexólogos Lana Holstein e David Taylor, a maior parte das mulheres não consegue despertar toda a sua energia sexual devido principalmente a três factores: cansaço, medo e raiva.
Dizem eles que quando as mulheres são questionadas sobre a sua energia sexual, há uma resposta que surge frequentemente:
“Estou muito cansada. Sinto-me exausta. Há sempre tanta coisa para fazer, que nem consigo imaginar ter ainda energia para o sexo”.
No entender deles o hábito de pôr o sexo no fim da lista de prioridades revela uma ignorância em relação ao poder do sexo como contributo para a nossa reserva de energias. Embora o cansaço seja uma realidade nas nossas vidas agitadas e demasiado exigentes, o sexo não tem de ser a última coisa da lista, aquela à qual quase nunca se chega. O sexo pode ser o antídoto contra a exaustão estupidificante. Quantas vezes não lhe resistimos, dizendo-nos demasiado cansadas e depois damos por nós a sentir. “Foi magnífico! Estava mesmo a precisar disto.”
Outra resposta frequente é relacionada com o medo:
“Não tenho a certeza de querer ter sexo. Sinto receio de me envolver, pelo menos por agora. É por isso que resisto ao sexo.”
O medo, em todas as suas formas, algumas bem subtis, provoca normalmente bloqueios a vários níveis. Desde a infância começam a surgir alertas de perigo que podem criar muita cautela em relação ao sexo. As raparigas são o alvo maior das mensagens sobre os perigos de tudo o que tenha a ver com sexo. A ideia de que o sexo é perigoso, sujo mau, perdura muitas vezes por toda a vida e transforma-se num elaborado sistema de defesa contra tudo o que diz respeito à esfera erótica. As raparigas são avisadas que podem engravidar, contrair doenças ou ganhar má reputação, caso sejam activas sexualmente.
Tudo isto cria muitas vezes medos inconscientes e podem perturbá-las emocionalmente mesmo quando se tornam mulheres adultas e independentes sexualmente, ou nas relações amorosas mais seguras e sérias. Para algumas mulheres o medo de se sentirem vulneráveis anda a par e passo com o medo de se perderem totalmente no intenso turbilhão do sexo apaixonado.
Ainda na visão dos sexólogos já citados, o terceiro bloqueio comum é a fúria:
“Estou danada! Não estou feliz e, quando não estou feliz, não há sexo para ninguém!”
A irritação é um sentimento frequente que aniquila o bom sexo. Poderá estar relacionada com ofensas mínimas ou grandes insultos. Por vezes a fúria não está relacionada com alguma coisa em particular. Trata-se de um azedume de longa data relativamente a tudo em geral.
Uma outra questão sexual que enfurece as mulheres é sentirem que @s parceir@s fazem amor de forma mecânica. Sentem-se como se estivessem a ser usadas.
Os traumas do passado deixam igualmente marcas de apreensão a nível emocional. Traumas múltiplos, abusos graves ou ambientes muito stressantes podem criar perda de desejo baseada na ansiedade. No caso de mulheres que foram molestadas na infância, por um namorado ou assediadas de outra forma, o medo é um factor determinante na sua visão do sexo.
A vergonha traduz-se na sua incapacidade de entrega quando fazem amor.
Chegadas aqui o meu conselho:
Mulheres, pela vossa felicidade, façam este compromisso convosco mesmas:
“Vou despertar aquela parte de mim que tem estado adormecida.
Reconheço agora que a tenho ignorado porque:
me foi ensinado que desfrutar do sexo era algo sujo; ou porque certa vez saí magoada; ou porque tenho andado tão cansada que até me esqueci da energia que o sexo me dá; ou porque me detive em pensamentos negativos acerca da minha aparência”
É chegado o momento de a Shakti reaparecer. Não porque queremos agradar a alguém, mas porque queremos que a energia dela penetre na nossa vida!