A propósito do Natal

A DATA

Vários deuses solares de várias culturas eram celebrados nesta altura do ano e foi por força dessas comemorações que a Igreja Católica escolheu essa data para celebrar o nascimento de Jesus. (A sobreposição de datas pagãs e cristãs foi a maneira encontrada pela Igreja Católica para erradicar as antigas celebrações.)

O PRESÉPIO

E enfeitam-se as igrejas, as casas e as ruas para celebrar esse nascimento.

Começaram por se fazer presépios evocando idlicamente o que a tradição  legou: desde a singeleza da manjedoura no estábulo com o calor dos animais, às oferendas dos pastores, à mágica estrela que conduziria os Reis Magos e, nalguns, a representação do poder autocrático nas mãos dos soldados de Roma.

A ÁRVORE DE NATAL

A árvore de Natal viria a  destronar o presépio nas ruas e praças, nas lojas, nas casas…

A árvore é também uma herança pagã.

Nesta altura do ano – o Yule –  os povos escandinavos e saxões enfeitavam pinheiros com oferendas para as Divindades e para os Espíritos da Natureza, costume este que viria a originar a árvore de Natal.

O PAI NATAL

A figura do Pai Natal surgiu das crenças dos lapões, cujos xamãs, viajando em trenós puxados por renas, levavam dádivas de cura e auxílio às pessoas necessitadas.

Essas dádivas de cura e auxílio transfiguraram-se nos presentes que o “Pai Natal” vai deixando em cada lar(…e não vou falar aqui do consumismo e do desvirtuar da ideia original…)

A FAMÍLIA

Mesmo sem qualquer conotação religiosa, toma-se hoje em dia, esta quadra como a festa da família. Fazem-se quilómetros, vencem-se distâncias para se sentir o calor dos familiares.

Chega-se com brilho nos olhos e calor nos corações. Partilham-se abraços, oferendas, filhoses e sonhos. Esquecem-se diferendos e desaguisados. Por um tempo (pena ser só um tempo!…) vive-se em amor.

A MENSAGEM

…e fala-se em solidariedade, doação, amor, partilha, aceitação…

E é aqui que me quero deter, lembrando a necessidade de aceitação do outro. Das ideias do outro. Do sentir do outro. Do viver do outro.

Quando nos aceitarmos a nós e aos outros, a paz e o amor serão colaterais naturais.

Será isto o Natal?

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